O misterioso desaparecimento de uma menina de 11 anos há uma semana mobiliza as forças de segurança da Argentina e envolve até mesmo a presidente Cristina Kirchner e celebridades. Candela Rodríguez desapareceu em 22 de agosto, quando saiu de suas casa na localidade de Hurlingham, nas proximidades da capital Buenos Aires. Ela ia se encontrar com suas amigas e depois com um grupo de escoteiras numa igreja próxima.

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Até o momento não há pistas sobre o paradeiro da menina, embora o caso tenha tomado grandes proporções e chegado aos meios de comunicação. Sua fotografia circula permanentemente pela redes sociais.

“Alguém tem de saber porque roubaram minha filha. Ela não está passeando nem fugiu de casa e isso tem de ficar claro”, afirmou a mãe, Carola Labrador, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira para lanças a campanha “48 horas por Candela”. Atores e esportistas atenderão ligações telefônicas durante 48 horas para receber informações que possam levar ao paradeiro da menina.

“Esta é uma situação que mobiliza todos os argentinos. Como pai, entendo a tragédia que Carola vive…às vezes, o fato de ser conhecido pode mobilizar alguém do outro lado…Certamente, alguém sabe de algo”, disse Adián Suar, ator de gerente de programação do Canal 13.

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Labrador foi recebida no final de semana pela presidente Cristina Kirchner, que se colocou à disposição para colaborar com as investigações. A província de Buenos Aires ofereceu uma recompensa de 100 mil pesos (cerca de US$ 25 mil) para quem fornecer dados concretos sobre seu paradeiro. Em toda a Argentina há 210 crianças desaparecidas, segundo o escritório local da organização internacional Missing Children.

Especialistas destacam que as principais causas do desaparecimento de crianças são conflitos familiares, crise de identidade, problemas mentais e sequestro, incluindo redes de tráfico de crianças e pedofilia.

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“Todas as pistas são seguidas, nenhuma é descartada”, afirmou o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Ricardo Casal, à Rádio Província. Segundo ele, 1.800 policiais trabalham na investigação.

Entre as celebridades que atenderão aos telefonemas estão o ex-artilheiro do Boca Boca Juniors Martín Palermo, o técnico do River Plate Matías Almeyda e o conhecido ator Ricardo Darín. As informações são da Associated Press.