A Câmara de Deputados do Chile reprovou hoje, por uma diferença de quatro votos, a parcela do orçamento de 2012 que o Executivo pretendia destinar ao setor educacional.
A reprovação ao projeto foi precedida de uma discussão entre os congressistas que durou mais de 12 horas. Agora, o projeto orçamentário será enviado novamente ao Senado, onde será analisado mais uma vez.
A bancada oposicionista, que é maioria na Câmara, já havia acusado ao governo sobre o voto contrário, uma vez que eles consideravam que o valor proposto não aumenta de forma substancial às demandas requeridos pelo setor.
Além disso, os parlamentares de oposição apontam que a medida não trata da reivindicação dos estudantes por uma reforma estrutural no atual modelo educacional do país. Desde junho o movimento estudantil chileno vem promovendo inúmeras marchas, paralisações e greves por melhores condições no sistema de ensino.
O presidente do país, Sebastián Piñera, anunciou no final de setembro que o orçamento educacional do próximo ano seria ampliado em 7,2%, um número que é considerado insuficiente por analistas, políticos e dirigentes estudantis.