Uma missão humanitária partirá hoje até uma zona no sudoeste colombiano em busca do sexto e último sequestrado cuja libertação foi anunciada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em dezembro. O refém é Sigifredo López, um advogado e deputado de 45 anos mantido em cativeiro pelas Farc desde abril de 2002.
López foi capturado junto com outros 11 de seus colegas deputados da Assembleia Legislativa do departamento (Estado) de Valle del Cauca, no sudoeste colombiano. Ele foi o único deles a sobreviver a um confuso incidente armado, no qual os outros deputados morreram baleados em junho de 2007. Segundo as Farc, López estava no momento do incidente em outro acampamento, por isso não morreu.
A missão humanitária encabeçada pela senadora Piedad Córdoba e com helicóptero militar cedido pelo Brasil, a pedido do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), deve partir de Cali, capital departamental de Valle del Cauca e seguir até 300 quilômetros ao sudoeste de Bogotá.
A equipe resgatará López em um ponto não revelado publicamente e trarão o advogado de volta a Cali, onde vivem sua mulher, Patricia Nieto, e seus filhos Lucas e Sergio. A libertação de López é a sexta e última de um grupo de seis homens que os guerrilheiros anunciaram que libertariam em comunicado divulgado em 21 de dezembro.
As Farc afirmam que as liberações são uma mostra de interesse em avançar na troca de reféns por rebeldes presos e também um reconhecimento ao movimento chamado Colombianos pela Paz, lançado em fins de 2008, e que reúne a senadora oposicionista, além de ativistas e intelectuais que pedem o fim dos sequestros e a realização da troca de prisioneiros.
Os quatro primeiros homens – três policiais e um militar – foram libertados no domingo e na segunda-feira. O ex-governador do departamento de Meta, Alan Jara, foi solto na terça-feira. Todos foram liberados em pontos não identificados na região de selva do sudeste colombiano. Segundo as próprias Farc, ainda são mantidos 20 reféns policiais e militares.