Ser relacionado ao presidente Barack Obama se transformou em uma desvantagem em muitas disputas eleitorais nos Estados Unidos. Os candidatos democratas a governos estaduais e ao Senado mantiveram distância do presidente nos debates da noite de ontem. Já os republicanos faziam de tudo para lembrar os eleitores que seus rivais são do mesmo partido do chefe do governo de um país com quase 10% de desemprego que luta para voltar a crescer.
O exemplo mais claro da aversão ao nome de Obama ocorreu no debate em Virgínia Ocidental. O candidato republicano ao Senado John Raese o tempo todo ligava o presidente ao seu concorrente na disputa eleitoral. Irritado, o candidato democrata e atual governador do Estado, Joe Manchin, tentou desvincular a sua imagem da do presidente: “Lamento informar ao meu oponente que o nome de Obama não estará na cédula.”
Em Nova York, o candidato democrata ao governo, Andrew Cuomo, favorito na disputa, também evitou citar o nome ou políticas recentes do presidente. O republicano Carl Paladino, próximo do Tea Party, explorou a crise econômica o tempo todo para culpar Obama e o seu rival na eleição para um dos Estados mais importantes do país.
Pesquisas indicam que esta deve ser uma das maiores derrotas dos democratas em eleições para o Congresso e os governos estaduais. Segundo pesquisa do Cook Political Report, que não tem afiliação política, cerca de 99 cadeiras da Câmara dos Deputados atualmente nas mãos dos democratas devem passar para os republicanos nas eleições do dia 2.