Líderes democratas afirmaram neste sábado que conseguiram assegurar os 60 votos necessários para garantir a passagem da legislação de reformulação do sistema de saúde norte-americano. O senador democrata conservador Ben Nelson, de Nebraska, colocou um fim à sua resistência e concordou em dar o 60º e decisivo voto para a aprovação no Senado norte-americano da reforma do sistema de saúde, arrematando uma batalha que se estendeu por um ano e após uma barganha final perto do fim do prazo para que houvesse um avanço da reforma do sistema, uma das prioridades do governo de Barack Obama. Nelson deu uma resposta breve – “sim” – quando foi questionado se apoiava a medida.

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Com esse voto, os aliados de Obama no Senado parecem a caminho de aprovar a legislação antes do Natal, superando a oposição republicana e os percalços das antecipadas tempestades de neve que atingem os EUA.

“Todos os democratas reconheceram que ela (a reforma) tinha que ser feita”, disse o senador Charles Schumer, um democrata eleito pelo estado de Nova York que ajudou a alinhavar o acordo, fechado após a ala mais liberal fazer uma série de mudanças, incluindo concessões dadas a Nelson sobre restrições mais rígidas proibindo o uso dos planos de saúde adquiridos com subsídio do governo de cobrir abortos.

O líder da maioria no Senado, Harry Reid, eleito pelo estado de Nevada, participou de uma série de encontros com Nelson na noite de sexta-feira, quando uma tempestade de neve atingiu Washington. O porta-voz de Reid, Jim Manley, afirmou que a sexta-feira foi um dia longo e intenso em negociações.

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A legislação inclui novas restrições elaboradas para limitar os lucros das companhias seguradoras, obrigando as empresas a gastarem com assistência médica 80% dos prêmios com seguros individuais e 85% no caso de grupos assegurados.

Nelson havia levantado uma proposta de excluir as companhias seguradoras sem fins lucrativos de um imposto sobre a indústria, segundo pessoas envolvidas nas negociações. Ele também tentava um caminho para atenuar a carga financeira que seria imposta ao Estado de Nebraska com a proposta de expansão do Medicaid, o programa federal de assistência de saúde para os pobres.

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