Apoiadores islamitas do deposto líder do Egito Mohamed Morsi iniciaram novas manifestações nesta sexta-feira em meio a ameaças do governo local contra os acampamentos de ativistas.
Os defensores de Morsi convocaram o início das manifestações para o meio-dia (horário local; por volta de 7h de Brasília) desta sexta-feira, em meio ao feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do jejum do Ramadã.
O governo havia dito que evitou invadir e dispersar os acampamentos de ativistas no Cairo por respeito ao mês sagrado do Ramadã, que terminou na quarta-feira à noite. Além disso, as autoridades afirmaram que dariam uma oportunidade para que os mediadores estrangeiros encerrassem o impasse político de forma pacífica.
Mas o primeiro-ministro Hazem al-Beblawi alertou na quinta-feira que “a situação está chegando a um momento que seria melhor ser evitado”.
O governo quer dar aos manifestantes, especialmente aos sensatos, “uma chance de reconciliação e de atentar à voz da razão”, disse ele em uma entrevista para a televisão, citada em um comunicado do gabinete.
Os ativistas que defendem Morsi organizaram dois acampamentos de protesto no Cairo dias antes do golpe contra o presidente, ocorrido em 3 de julho. Os manifestantes alegam que só sairão do local apenas quando o poder de Morsi, que administrou o país por apenas um ano, for restaurado. Fonte: Dow Jones Newswires.