De olho em eleição de 2012, Palin e Obama caçam votos

A aproximação das eleições legislativas do dia 2, nos Estados Unidos, mobilizou os principais interessados na corrida presidencial de 2012 para o corpo a corpo com o eleitorado e busca por doações. Ao trabalho de campo do presidente Barack Obama somou-se o carismático ex-presidente democrata Bill Clinton. O esforço da republicana Sarah Palin, diva do ultraconservador Tea Party, e de setores menos radicais do partido tem sido recompensado por milhões de dólares doados neste final de campanha.

Nenhuma das figuras de apelo nacional dessas eleições de meio de mandato disputa um cargo público. Mas, pelo menos duas delas – Obama e Palin – claramente ambicionam concorrer pela presidência em 2012. Para ambos, o novo Congresso refletirá as vantagens e dificuldades que terão nos próximos dois anos. No caso de Obama, significará a própria sobrevivência de sua proposta de “mudança”.

“Mesmo que os republicanos obtenham a maioria apenas na Câmara dos Deputados e não consigam o mesmo no Senado, o governo Obama estará acabado”, avaliou Julio Carrion, professor de Ciências Políticas da Universidade de Delaware. “Nos EUA, o Congresso concentra muito poder. A possibilidade de a Casa Branca conseguir aprovar seus projetos em um Legislativo dominado pelos republicanos será quase nula.”

Com o risco de perda da maioria democrata nas duas Casas, como mostram as recentes pesquisas de intenção de voto, não foi apenas Obama quem saiu em caravana para apoiar e ajudar seus companheiros de partido. Clinton também abandonou o conforto dos bastidores.

Revolução republicana

Segundo um de seus amigos próximos confidenciou ao Washington Post, sua frustração com a falta de competência dos democratas em apresentar uma mensagem clara e coerente aos eleitores o levou às ruas. Como presidente, Clinton foi derrotado nas eleições de meio de mandato de 1994 – a chamada “Revolução republicana”.

Nos últimos dias, em eventos em quadras de basquete, hangares de aeroportos e colégios, Clinton ajudou a levantar fundos para a reeleição da senadora Patty Murray, do Estado de Washington, do senador Harry Reid, de Nevada, e do governador Martin O’Malley, de Maryland, bem como na disputa de Kendrich Meek pela vaga da Flórida no Senado. Na próxima semana, Clinton ajudará em Ohio, Pennsylvania e Kentucky.

O próprio Obama movimenta-se intensamente pelo país desde o início de setembro. Visitou 22 cidades até ontem, quando desembarcou em Minneapolis, para apoiar o candidato a governador, Mark Dayton.

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