Pela primeira vez desde o início dos protestos na Síria, manifestantes contrários ao governo de Bashar Assad conseguiram reunir ontem milhares de pessoas no centro de Damasco, a capital do país. As passeatas antigoverno, que ocorreram também em outras cidades, foram duramente reprimidas pelas forças de segurança.

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Os manifestantes vieram de vilas nos arredores de Damasco e tentaram se concentrar em uma praça na região central da cidade. Segundo testemunhas, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes contra os dissidentes, que se dispersaram. De acordo com a agência de notícias estatal Sana, não houve violência das tropas do regime e a sexta-feira foi um dia normal, com pequenas aglomerações. A imprensa oficial acusou grupos armados de opositores pela morte de um soldado.

Organizações árabes divulgaram ontem uma carta pedindo à Ásia que suspenda o apoio à candidatura síria para uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o documento, a situação dos direitos humanos agravou-se na Síria após o início das manifestações, nas quais já morreram 200 pessoas. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, voltou a pedir às autoridades sírias que parem de usar a violência para reprimir os protestos dos opositores. Os americanos impõem sanções unilaterais ao regime sírio desde 2004. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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