O dalai-lama, líder espiritual do Tibete, jejuou e liderou preces nesta quarta-feira em homenagem aos nove tibetanos que se auto imolaram com fogo em protesto contra o domínio chinês no Tibete, enquanto o regime de Pequim criticou o líder tibetano por incitar o “terrorismo camuflado”.
O serviço religioso do dalai-lama durou 90 minutos no Templo de Tsuglakhang, na cidade no norte da Índia de Dharmsala, onde ele vive no exílio. O serviço lembrou os nove monges, ex-monges e uma monja que se mataram com fogo desde março, a maioria numa província do oeste da China e perto da fronteira tibetana.
O novo primeiro-ministro do governo do Tibete no exílio, Lobsang Sangay, fez um apelo à China para que pare de controlar a religião no Tibete e pediu às Nações Unidas que enviem uma missão investigadora ao Himalaia. “Nós pedimos ao governo chinês que interrompa imediatamente suas políticas repressivas no Tibete e resolva a questão por meios pacíficos”, disse Sangay.
Também ocorreram preces em homenagem aos tibetanos em Nova Délhi, capital da Índia.
Em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores da China condenou as imolações mas dirigiu suas críticas ao dalai-lama, ao afirmar que ele incita ao terrorismo.
“Logo após os incidentes, as forças de independência do Tibete e o dalai-lama não criticaram os casos, mas ao contrário glorificaram os incidentes e incitaram mais pessoas a seguirem esse caminho”, disse a porta-voz da chancelaria chinesa, Jiang Yu. “Como sabemos, essa atividade feita ao custo de vidas humanas é um terrorismo camuflado”.
As informações são da Associated Press.