O dalai-lama disse nesta segunda-feira (3) que seus esforços para assegurar a autonomia do Tibete diante da China não conseguiram trazer mudanças positivas. Além disso, o ganhador do prêmio Nobel da Paz disse não ter certeza se as conversas entre seus enviados e Pequim produzirão algum resultado. O líder tibetano exilado utilizou termos pessimistas ao se referir ao Tibete. Segundo ele, a situação dos tibetanos piorava e aumentava o descontentamento em relação a seu modo de negociar com a China.

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Apesar do pessimismo, enviados do dalai chegaram a Pequim na quinta-feira para negociar. Não foi divulgado o cronograma dessas discussões. O dalai-lama busca um “meio-termo”, sem pedir a independência completa, mas demandando maior autonomia, de modo a preservar a cultura budista tibetana, única no mundo.

Pequim controla o Tibete desde a ocupação da área por tropas comunistas, na década de 1950. O governo chinês acusa o dalai de liderar uma campanha para dividir a região do resto do país.

O dalai fugiu para a Índia após uma fracassada insurgência contra o domínio chinês, em 1959. Ele nega qualquer intenção de separar a região do território da China. No mês passado, o líder tibetano chegou a dizer que “desistia” de negociar com Pequim.

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