O robô explorador Curiosity, que aterrissou na madrugada de segunda-feira (06) em Marte, enviou suas primeiras fotografias coloridas do planeta vermelho, que a Nasa divulgou nesta terça.
As primeiras imagens, transmitidas pouco após a aterrisagem, foram em preto e branco e em baixa resolução, tiradas por pequenas câmeras instaladas para detectar possíveis danos em suas rodas.
Mas nas novas imagens divulgadas pela Nasa é possível ver uma superfície aparentemente terrosa em tons ocres e alaranjados que mostram o caminho do Curiosity conforme o robô se aproximava da superfície marciana.
As fotos foram tiradas com o instrumento Mars Descent Imager (MARDI) instalado a bordo do Curiosity, que enviou à Terra 297 imagens de baixa resolução, dando uma ideia de como foi a descida da bomba na cratera Gale.
Segundo a Nasa, trata-se de uma prévia das cerca de 1.500 imagens armazenadas na memória do robô, que pretendem misturar com fotos de alta resolução para se ter uma visão completa de como foi a descida do veículo.
A Nasa publicou também um grupo de imagens na horizontal, tiradas pelo robô em seu primeiro dia de missão, com o instrumento MAHLI (Mars Hand Lens Imager), situado no braço robótico de Curiosity, onde se pode ver a parte norte da cratera Gale.
O principal objetivo da câmera MAHLI é tirar fotografias de primeiro plano de alta resolução das rochas e do solo da cratera. O aparelho é capaz de focar um alvo a uma distância de cerca de 2cm mas também tem capacidade para tirar imagens gerais da paisagem marciana.
A Nasa informou que no momento que tirou as fotos o braço robótico continuava pregado, posição na qual permanece desde que o robô foi empacotado para lançamento no dia 26 de novembro do ano passado.
Além disso, a câmera tem uma cobertura protetora transparente que não será retirada por uma semana para proteger o aparelho do pó que levantou após a aterrissagem.
Curiosity chegou em Marte para uma missão de dois anos de exploração do Planeta Vermelho equipado com tecnologia de ponta para investigar se alguma vez houve, ou pode haver, vida no planeta.
O veículo de uma tonelada e do tamanho de um pequeno automóvel inclui uma estação de monitoramento ambiental (REMS) desenvolvida e montada na Espanha, que medirá a temperatura do solo e ar, pressão, umidade e radiação ultravioleta, além de uma antena que facilitará o envio de dados e colocará o explorador diretamente em contato com a Terra