Manifestantes curdos entraram em confronto com a polícia hoje, durante protesto contra a decisão da Suprema Corte do país de fechar um partido político pró-curdo. O anúncio do fechamento ocorreu ontem, um dia após o principal grupo rebelde curdo assumir a responsabilidade pelo assassinato de sete soldados turcos numa emboscada, na região central da Turquia.
A proibição do partido e a consequente violência aumentaram as incertezas sobre os esforços para encerrar o conflito entre o Estado e os curdos. Hoje, uma multidão atacou um ônibus blindado da polícia com pedras e bombas. Outros veículos blindados foram atingidos e incendiados por um breve período, na cidade de Yuksekova, perto das fronteiras com o Iraque e o Irã. Os manifestantes bloquearam ruas com barricadas e pneus em chamas. Em reação, a polícia usou canhões de água para marcá-los com água colorida.
Na cidade vizinha de Hakkari, um grupo tentou linchar dois policiais, mas foi impedido. Segundo o governador da região, a polícia deteve dez manifestantes. Protestos também ocorreram nas cidades ocidentais de Ancara e Izmir.
O tumulto político ameaça o projeto do governo de reconciliação com a minoria curda, na expectativa de encerrar a luta com os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerados terroristas pelo Ocidente.