O governo de Cuba anunciou hoje que limitará os voos entre o país e o México como medida de precaução contra o contágio da gripe suína. Cuba ainda não detectou nenhum caso da doença, e o governo decidiu adotar “um grupo de medidas necessárias nos próprios aeroportos e portos, assim como limitar ao máximo os voos do México para Cuba e vice-versa”, segundo informações divulgadas em nota oficial hoje pelo jornal “Granma”, do Partido Comunista.
Entre Havana, Cidade do México e Cancún existem pelos menos cinco voos diários. Todos os países da América Latina emitiram alerta sanitário para reforçar os controles nas fronteiras, aeroportos e portos, com o objetivo de tentar evitar a chegada da enfermidade, que surgiu no México e chegou aos Estados Unidos e Canadá.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) afirmou que o vírus da gripe suína não foi isolado em animais até agora e, por isso, a doença não deveria ter esse nome. A OIE explicou que o nome correto da doença deveria ser “gripe da América do Norte” ou “gripe norte-americana”, denominação baseada na origem geográfica.
No passado, muitas epidemias de gripe em humanos com origem animal foram nomeadas de acordo com a região geográfica, como, por exemplo, as gripes espanhola ou asiática, disse a OIE. Nos países de língua espanhola, em lugar de gripe, diz-se “influenza”.
Segundo a OIE, o vírus da doença inclui características de componentes de gripe suína, aviária e humana. De acordo com o comunicado da OIE, pesquisas científicas devem ser iniciadas com urgência para saber se os animais são suscetíveis a esse novo vírus.
Em caso positivo, a OIE afirma que é preciso adotar medidas de biossegurança, incluindo possível vacinação para proteger animais suscetíveis. Se for comprovado que o vírus adoece animais, a circulação do agente infeccioso poderia piorar a situação regional e global da saúde pública.