O presidente Raúl Castro determinou o envio de cerca de 9 mil membros das Forças Armadas de Cuba para a luta contra o mosquito transmissor da zika, um vírus que ainda não foi registrado na ilha. Também se incorporarão às ações contra o mosquito cerca de 200 policiais.
“Cuba desenvolveu um trabalho intenso para diminuir a presença do vetor, com o objetivo de mantê-lo em níveis que não ofereçam perigo”, afirmou Castro em comunicado. Segundo ele, problemas como o saneamento deficiente e condições climatológicas adversas propiciam o risco de propagação de enfermidades ligadas ao mosquito Aedes aegypti.
O comunicado foi divulgado nesta segunda-feira no jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba. Castro disse que haverá vigilância sobre todos os casos de febres. O mosquito de hábitat tropical também pode transmitir outras enfermidades, como dengue e chikungunya, ambas amplamente disseminadas pela América Latina e pelo Caribe.
Autoridades cubanas pretendem realizar fumigações nas casas e nas ruas, recolher lixo, fazer obras de saneamento e inspeções em lugares que possam acumular água que possa vir a ser usada pelo mosquito para sua reprodução.
No início deste ano, Cuba informou que em 2015 foram registrados casos de transmissão de dengue em algumas províncias do país e outros 28 casos de chikungunya “importados”, ou seja, de pessoas que não contraíram a doença na ilha. Fonte: Associated Press.