Neste domingo, os croatas escolherão um novo presidente – o terceiro desde que a Croácia tornou-se independente da Iugoslávia, em 1991 -, numa eleição marcada por candidatos suspeitos de corrupção em meio ao processo de adesão do país à União Europeia (UE).
Doze candidatos concorrem para suceder o atual presidente croata, Stipe Mesic, que ajudou a desestimular o nacionalismo incentivado por seu antecessor na década de 1990 e aproximou a Croácia das potências do Ocidente. Durante seu mandato, a Croácia aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e começou a se preparar para ingressar na UE.
A campanha eleitoral concentrou-se nos dois tópicos que atualmente preocupam mais a população croata: a recuperação da economia e a corrupção. Os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são favoráveis ao Ocidente e aos EUA e provavelmente darão continuidade ao esforço do país para tornar-se membro da UE. Nenhum dos candidatos possui ampla maioria das intenções de voto e a expectativa é que haja um segundo turno em 10 de janeiro.
O social-democrata e oposicionista Ivo Josipovic lidera as pesquisas, com um apoio de 30% dos eleitores. Atrás dele, estão o prefeito de Zagreb, Milan Bandic – candidato independente que possui aprovação popular apesar de acusações de clientelismo político – e o diretor da Câmara de Comércio da Croácia, Nadan Vidosevic – outro candidato independente, de perfil conservador e cuja riqueza pessoal desperta suspeita entre opositores. Ambos possuem 15% das intenções de votos.
Cerca de 4,4 milhões de pessoas – incluindo 400 mil croatas que vivem no exterior – possuem direito a voto. As urnas abriram às 7h da manhã, em horário local (4h em Brasília), e fecharão às 19h (16h em Brasília). Os resultados oficiais devem começar a ser divulgados às 21h (de Brasília).