A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, pediu hoje "desculpas" pela demora da Justiça de seu país para julgar os responsáveis pela violação dos direitos humanos durante a ditadura e reiterou seu pedido de liberdade para a franco-colombiana Ingrid Betancourt ao conversar com um dignitário religioso.
"Perdão em nome dos argentinos por não ter feito antes", afirmou a presidente aos familiares de desaparecidos e órgãos de direitos humanos convocados à embaixada da Argentina em Roma.
Cristina concluiu hoje sua visita a Roma, onde participou da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia.
Durante seu último dia em Roma, a presidente argentina e o presidente da Comunidade Católica de Sant’Egidio, Marco Impagliazzo, conversaram sobre a necessidade de coordenar ações contra a pobreza na América Latina.
Cristina Kirchner visitou o popular bairro de Trastevere, para conversar com o prelado de Sant’Egidio e uma delegação da comunidade, composta por especialistas em América Latina.
"A reunião foi marcada por cordialidade e enfrentou temas de interesse comum", disse o porta-voz da Comunidade, Mario Marazziti.
Marazziti explicou que "tratou-se de uma conversa profunda sobre a violência na América Latina e sobre a luta contra a pobreza também na África".
"Se falou de paz, da Bolívia e da Colômbia e sobre como ajudar a ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, ainda nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de como criar alternativas para os jovens", informou o porta-voz eclesiástico.
A chefe de Estado visitou também a Basílica de Santa Maria em Trastevere como os locais da Comunidade, próximos à Igreja de Sant’Egidio.