Cristina Kirchner consegue aprovar reforma política

Às véspera de perder a maioria parlamentar, o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, conseguiu aprovar uma reforma política que obriga todos os partidos a realizar eleições prévias para escolher seus candidatos. Antes de perder a maioria no Senado – os novos parlamentares, eleitos em junho, assumem na semana que vem -, Cristina conseguiu reunir 42 votos a favor de sua proposta. Apenas 24 senadores votaram contra.

Os aliados da presidente alegam que a reforma consolidará e “democratizará” os partidos. A oposição criticou a nova lei, por considerá-la uma manobra da presidente e de seu marido e ex-presidente, Néstor Kirchner, para controlar o funcionamento das estruturas partidárias e permitir a hegemonia do partido do governo, o Justicialista (peronista).

O peronismo conta com uma ampla rede de “unidades básicas” (comitês partidários) em todo o país, sustentado por uma complexa e poderosa máquina assistencialista. Com a aprovação da reforma, o casal Kirchner completa sua “blindagem” política para as eleições presidenciais de 2011 e tenta compensar a imagem negativa de Cristina – mais de 70% dos argentinos reprovam a presidente.

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