A seis dias das eleições parlamentares, a presidente argentina Cristina Kirchner amarga baixos índices de aprovação, o que pode afetar o desempenho de seus candidatos. Segundo uma pesquisa da consultoria Graciela Römer e Associados, divulgada ontem, só 19% dos portenhos (habitantes da capital da Argentina) aprovam a administração de Cristina, que está há um ano e meio no poder. A desaprovação ao governo da presidente entre os portenhos é de 71,5%.
Na Província de Buenos Aires, o principal campo da batalha eleitoral, a aprovação aumenta, mas para apenas 31%. Juntas, a província e a cidade de Buenos Aires representam 49% do eleitorado (e 58% do Produto Interno Bruto). Nos municípios da Grande Buenos Aires, onde está o reduto eleitoral tradicional de Cristina e de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, a desaprovação chega a 52,2%.
Nos últimos meses, o governo implementou uma série de políticas assistencialistas para conquistar mais eleitores. Mas em regiões em que a economia é predominantemente agropecuária prevalece a irritação com o governo, que no ano passado entrou em choque com os produtores rurais. Por isso, a desaprovação ao governo Cristina aumenta no interior da Província de Buenos Aires, chegando a 60,4%.