Cristãos do Iraque que deixaram a cidade de Mosul, no norte do país, após ameaças dos extremistas islâmicos, contam que tiveram de deixar todos seus pertences. As ameaças à minoria cristã causa tensões até mesmo entre os radicais e seus aliados sunitas.
A maioria dos cristãos começaram a deixar a cidade no dia 10 de junho, quando ela foi tomada pelos insurgentes. Mas no último domingo, os radicais impuseram um prazo para que os cristãos se convertessem ao islã e pagassem impostos ou então seriam mortos.
Zahid Qreqosh Ishaq, de 27 anos, foi forçado a deixar sua casa junto com a família. “Tivemos que passar por um checkpoint”, disse. Segundo ele, os militantes “mandaram sair do carro e levaram os bens, as malas, o dinheiro”.
As famílias têm deixado a região sem nenhum de seus pertences e procurado abrigo no Curdistão iraquiano ou em áreas protegidas por forças curdas.
A Organização das Nações Unidas disse no último domingo que pelo menos 400 famílias de Mosul, incluindo outros grupos minoritários, procuraram refúgio no norte das províncias de Irbil e Dohuk.
Mosul abriga uma das mais antigas comunidades de cristãos, mas o número deles tem diminuído desde 2003. No domingo, militantes islâmicos tomaram o monastério de Mar Behnam, construído há 1.800 anos, ao sul da cidade. Fonte: Associated Press.