A crise econômica mundial pode ter aumentado o número de pessoas voltadas para os trabalhos forçados e para outras formas de escravidão moderna, afirmou hoje Luis CdeBaca, embaixador dos Estados Unidos para questões do tráfico humano.
As condições econômicas mais duras levaram mais pessoas a trabalhos forçados, pois recrutadores exploram os pobres com falsas promessas de melhores empregos, alertou. Os imigrantes vivenciam os maiores riscos, porque estão mais dispostos a pagar mais aos traficantes para viajar a localidades remotas, por causa do “crescente desespero após o ‘crash’ na economia”, disse.
Segundo ele, são prometidos empregos com altos salários, mas as vítimas, na maioria das vezes, quando chegam aos destinos se encontram profundamente endividadas e viram escravos virtuais, trabalhando por pouco dinheiro em empregos domésticos ou na prostituição.
Segundo ele, muitos países estão melhorando suas habilidades investigadoras para lutar contra o tráfico humano. Na Ásia, ele sugeriu, o foco está cada vez mais no problema e os países estão mais dispostos a trabalhar com outras regiões.
Na China continental, o trabalho forçado – especialmente envolvendo crianças – permanece um grande problema, de acordo com relatório recente do Departamento de Estado do governo americano. Mulheres também são forçadas à escravidão sexual e vendidas como esposas.
