O clima financeiro e político da Argentina está se deteriorando à velocidade de um meteoro. Nas últimas 24 horas, aumentaram os boatos sobre mudanças no governo de Cristina Fernández de Kirchner. Os rumores começaram a ser desencadeados na semana passada, quando a negociação entre o governo e os dirigentes ruralistas não progrediram, mas as ondas foram acalmadas com um acordo que o chefe de Gabinete da Presidência, Alberto Fernández conseguiu fechar sobre a carne bovina.

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Na segunda-feira (21), contudo, o acordo caiu por terra por causa da interferência do secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, ao insistir em pressionar e ameaçar os produtores. Um dos rumores mais fortes é o de queda de um dos homens mais fortes do governo, Alberto Fernández, chefe de Gabinete da Presidência, que ocupa o cargo desde o mandato tampão de Eduardo Duhalde. Segundo os rumores, Fernández cairia junto com o ministro de Economia, Martín Lousteau, que seria substituído pelo atual presidente do Banco Central, Martín Redrado.

A negociação com o campo está travada e o risco de um novo locaute está cada vez mais próximo. As mudanças no governo estariam atreladas aos resultados dessa crise política aberta com o setor agropecuário, o mais importante do país. A presidente enfrenta um desgaste tão grande que seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, idealizou um relançamento de seu governo, previsto para um ato no dia 25 de maio, feriado nacional que marca o primeiro governo pátrio argentino.

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