A combinação inédita de retração econômica nos Estados Unidos com preço recorde do petróleo já fez nove vítimas no setor aéreo neste ano, a maioria empresas pequenas ou novatas que entraram com pedido de falência ou de recuperação judicial. Muitas são americanas, como Frontier, Skybus, Aloha e MaxJet, mas a crise se espalha por todo lado, com o fechamento da Oasis, de Hong Kong, e da Adam Air, da Indonésia.
As companhias aéreas deverão desembolsar US$ 156 bilhões com querosene de aviação este ano, valor que corresponde a quatro vezes o que foi gasto em 2002. Nos últimos doze meses, o combustível, que responde por 30% a 40% dos custos de uma companhia aérea, subiu 69% em média.
?O combustível é o sangue das companhias?, afirma Respício do Espírito Santo Filho, presidente do Instituto Cepta, especializado em estudos do transporte aéreo. ?Se a situação perdurar, não será de surpreender que a gente venha a assistir um quebra-quebra tipo pós-11 de setembro.?