Motivados pela perspectiva de resgates maiores, piratas somalis estão segurando seus reféns e os navios sequestrados por um período quase duas vezes maior do que faziam há 18 meses, prolongando o sofrimento dos cativos, cujo número já supera 500, possivelmente um recorde.
Navios e tripulações sequestrados em abril, maio e junho têm ficado nas mãos dos piratas por 106 dias, em média, bem acima dos 55 dias em média que ficavam no começo de 2009, disse hoje o especialista marítimo Cyrus Mody. Atualmente, os piratas têm 508 reféns de 22 navios, disse Mody.
“Eles estão fazendo uma quantidade realmente grande de dinheiro atualmente”, disse Roger Middleton, especialista em pirataria no think-tank londrino Chatham House. Ele disse que enquanto em 2008 e 2009 os piratas pediam resgates de US$ 1 milhão por navio, em média, agora os pedidos de resgates cresceram. Middleton disse que a informação de que um resgate de US$ 9,5 milhões foi pago no começo deste mês, por um petroleiro sul-coreano, é confiável.