O ministro da Justiça da Costa do Marfim, Jeannot Ahoussou, disse neste domingo que solicitará a promotores que investiguem membros do regime do ex-presidente Laurent Gbagbo, que é suspeito por vários crimes. Em entrevista à France Presse, Ahoussou disse que serão enfocados os “crimes de sangue”, as compras de armas e suposto desvio de dinheiro público.
Os alvos da investigação podem ser os membros de governos anteriores, mas também jornalistas da rádio estatal RTI, que era vista como poderosa porta-voz do regime de Gbagbo entre o ano 2000 e a prisão do agora ex-líder, na segunda-feira passada. “Essas investigações afetarão todos os marfinenses que transgrediram a lei”, afirmou Ahoussou. O ministro ressaltou, porém, que caberá aos juízes “determinar as violações”.
Gbagbo foi preso por forças do presidente Alassane Ouattara, com o apoio da França e da Organização das Nações Unidas (ONU), após 10 dias de confrontos em Abidjã. Com isso, foi encerrado um impasse político de cinco meses, após Gbagbo perder a disputa presidencial nas urnas, em 28 de novembro, mas recusar-se a deixar o posto. Cerca de 900 pessoas morreram na violência após as eleições no país. As informações são da Dow Jones.
