Correção: Três ex-dirigentes da Tepco são acusados por crise nuclear no Japão

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. A agência Associated Press corrigiu o sobrenome de um dos dirigentes da Tepco: trata-se de Ichiro Takekuro, e não de Ichiro Takeguro como informado no segundo parágrafo. Segue a nota corrigida:

Uma comissão judicial determinou que três ex-dirigentes da empresa do setor de energia Tokyo Electric Power (Tepco) deverão responder num tribunal criminal por suposta negligência no desastre nuclear de Fukushima.

Um documento divulgado na sexta-feira revela que a comissão judicial resolveu apresentar acusações contra Tsunehisa Katsumata, de 75 anos, que era presidente da Tepco no momento da crise, e contra os então vice-presidentes Sakae Muto, de 65 anos, e Ichiro Takekuro, de 69.

A decisão da comissão de 11 membros anula determinações anteriores da procuradoria de Tóquio para arquivar o processo. É o primeiro caso penal contra dirigentes da Tepco derivado do desastre nuclear que chegará aos tribunais. Em setembro de 2013 e em janeiro de 2015, promotores disseram que não tinham provas para demonstrar que os acusados podiam prever o risco de um tsunami.

Em sua decisão de 17 de julho, a comissão alega que os três homens não adotaram medidas suficientes, ainda que fossem plenamente conscientes do risco de um grande tsunami na usina de Fukushima pelo menos dois anos antes do fato. Segundo a comissão, o trio deve ser acusado de negligência, que resultou em mortes e lesões durante o acidente, e por suas sequelas, incluindo a morte de dezenas de idosos num hospital durante e depois do processo para a retirada de pessoas atingidas.

O tribunal distrital de Tóquio escolherá uma equipe de advogados para atuar como promotores e apresentar formalmente as acusações ante o tribunal.

Em março de 2011, três reatores da usina de Fukushima Dai-ichi apresentaram problemas, após um terremoto e um tsunami. O vazamento de radiação levou milhares de pessoas a ter de deixar a área. Investigações do governo e do Parlamento concluíram que o desastre foi fruto da falta de uma cultura de segurança na empresa e da ineficiência da gerência no manejo de riscos, bem como do fato de ter sido subestimado o risco de um tsunami. O comitê disse que a usina tinha a fama de ser uma daquelas “com a menor margem de segurança para um tsunami”.

O atual presidente da empresa, Naomi Hirose, não quis fazer declarações, alegando que se tratava de um processo em andamento. Fonte: Associated Press.

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