O presidente do Equador, Rafael Correa, iniciou um giro por quatro países que fazem fronteira com a Colômbia e seguirá para a República Dominicana a fim de defender na cúpula do Grupo do Rio a posição de seu país em vista da incursão armada colombiana para matar Raúl Reyes, o número dois das Farc. Correa deu início ao giro pelo Peru. Ele também visitará o Brasil, Venezuela e Panamá para "dar a conhecer aos chefes de Estado de tais países os graves acontecimentos ocorridos na fronteira com a Colômbia em 1º de março, quando foi violada a soberania nacional por parte de forças militares e policiais colombianas".
Correa, continua a nota do Ministério do Exterior, também tratará da "deliberada e ardilosa tentativa (por parte da Colômbia) de desviar a atenção da violação da soberania nacional e integridade territorial do Equador com informações totalmente infundadas". O Ministério referia-se à acusação do governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de que documentos encontrados no local onde foi morto Reyes provam que as Farc fecharam acordos com o governo de Correa.
"Tratam de dizer que temos colaborado com a guerrilha, essa atitude só pode ser classificada de canalhice", disse Correa numa entrevista coletiva. O Equador rompeu relações com a Colômbia. A chancelaria informou que Correa se encontrará hoje com o presidente peruano, Alan García, e viajará à noite para o Brasil para se encontrar, amanhã, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 5 e 6 de março, Correa visitará a Venezuela e Panamá, de onde seguirá para Santo Domingo, na República Dominicana, para participar em 7 de março da cúpula do Grupo do Rio.