A crise política entre os governos do Equador e da Colômbia corre o risco de se aprofundar nesta semana, informa a agência de notícias Telam, da Argentina.
Nesta segunda-feira (24), os pais do equatoriano Franklin Guillermo Aizalia, de 38 anos, viajam Bogotá para verificar se o corpo de Julián Conrado, chefe guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), morto durante um ataque a um acampamento das Farc, seria na verdade de seu filho.
Em 1º de março, as Forças Armadas colombianas bombardearam um acampamento das Farc em território equatoriano, o que iniciou uma crise entre os dois países, aparentemente contornada após a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA).
De acordo com a Telam, o presidente do Equador, Rafael Correa, advertiu neste fim de semana para uma nova crise diplomática entre os dois países caso se confirme que o corpo é de Aizalia. O presidente equatoriano disse que nesse caso não se trataria apenas de uma invasão colombiana ao seu país, mas sim da morte de um cidadão equatoriano por forças estrangeiras.
Rafael Correa disse ainda que o país realizará novas ações contra o governo colombiano "extremamente fortes".
O governo da Colômbia, em nota oficial divulgada sábado (22), reafirmou que o acampamento onde também estava o segundo nome na hierarquia das Farc, Raúl Reyes, "era um acampamento de terroristas que atuavam contra o direito segurança do povo colombiano".
O governo colombiano afirmou ainda que acatará qualquer decisão da OEA.