A elevada popularidade e apoio que o presidente Rafael Correa tem mantido no Equador parece ter começado a enfraquecer, devido a divergências entre grupos indígenas motivadas por uma série de projetos e leis relacionadas com o aproveitamento dos recursos naturais do país. A Confederação das Nações Indígenas do Equador convocou protestos para este domingo que podem se transformar na primeira grande manifestação popular contra o governo de Correa.

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A manifestação ocorrerá em meio a acusações mútuas de prepotência, pois ao que tudo indica os dois lados se recusam a estabelecer um diálogo. O presidente do Equador considera que a manifestação dos indígenas pretende “desestabilizar” seu governo.

A organização indígena se opõe a aprovação de leis para mineração e exploração de petróleo e de águas, argumentando que isso pode causar danos ambientais irreparáveis. A União Nacionais de Educadores (UNE), que está em greve há uma semana, anunciou seu apoio à manifestação dos indígenas, assim como comerciantes e estudantes.

Na tentativa de conter o impacto dos protestos, nos últimos dias Correa visitou cidades amazônicas e da serra com grande população indígena, antes de suas viagem à Venezuela para a segunda reunião dos líderes da África e América do Sul.

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