Os corpos de todas as vítimas da queda do avião Tupolev – que transportava o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, sua esposa, Maria Kaczynska, e sua comitiva de alto escalão – já foram desembarcados no aeroporto Domodedovo, em Moscou, informou um correspondente da AFP.

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O Ministério de Emergência da Rússia informou que 97 pessoas morreram no acidente aéreo, sendo que 88 delas eram membros da delegação polonesa. O Ministério de Relações Exteriores da Polônia disse que a lista de passageiros tinha 89 nomes, mas uma pessoa não apareceu para tomar o voo de quase uma hora a partir do principal aeroporto de Varsóvia.

O Tupolev caiu hoje a cerca de um quilômetro do aeroporto militar Smolensk-Severnuy, após sua quarta tentativa de aterrissar em meio a um intenso nevoeiro. Segundo o governador da região de Smolensk, Sergei Antufiev, o avião “esbarrou no topo de árvores, bateu e quebrou-se em pedaços”. A agência de notícias oficial da Rússia, RIA-Novosti, disse que as indicações preliminares são de que o acidente foi causado por erro dos pilotos.

Na delegação estavam o presidente do Banco Nacional da Polônia, Slawomir Skrzypek, o embaixador da Polônia em Moscou, o vice-ministro da Defesa, o vice-líder do Senado e o da Câmara Baixa, o vice-ministro das Relações Exteriores, o chefe de equipe do Exército, o chefe de gabinete do presidente, o chefe do Escritório de Segurança Nacional, entre outras autoridades. O grupo participaria das cerimônias em Katyn (Rússia) em memória do massacre de 22 mil poloneses pelos agentes soviéticos há 70 anos.

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Varsóvia

Na capital da Polônia, dezenas de milhares de pessoas se dirigiram para o centro de Varsóvia, cercando o palácio presidencial e ocupando uma praça ao lado para chorar pelo trágico acidente que matou o presidente Lech Kaczynski.

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As televisões mostram poloneses chorando, bandeiras à meio mastro e janelas com faixas pretas em sinal de luto. As pessoas depositavam velas e flores no palácio presidencial. Muitos classificaram a queda do avião como o pior desastre desde a Segunda Guerra Mundial.

Vinte monges tocaram o sino de Zygmunt da Catedral Wawel, na Cracóvia, local onde estão enterrados os reis poloneses. O toque deste sino é reservado para momentos de profunda importância ou dor.

“Esta é uma grande tragédia, um grande choque para todos nós”, disse o ex-presidente e líder do movimento Solidariedade, Lech Walesa.

A Polônia declarou uma semana de luto. Na Rússia, o presidente Dmitry Medvedev declarou esta segunda-feira um dia de luto no país. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.