Corpos de vítimas da queda do avião deixam a Ucrânia

Dois aviões militares levando os restos mortais das vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines decolaram da Ucrânia nesta quarta-feira, mesmo dia em que especialistas britânicos começaram a trabalhar nas duas caixas pretas da aeronave para recolher os dados dos últimos minutos do voo.

Separatistas pró-Rússia abateram dois caças ucranianos nesta quarta-feira sobre uma cidade próxima do local da queda do avião da Malaysia Airlines na semana passada, disse um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano.

Dois aviões SU-25 foram derrubados perto da cidade de Saur-Mogila, que fica perto da fronteira com a Rússia e a 20 quilômetros de Torez, onde o avião da Malaysia Airlines foi derrubado na quinta-feira, disse o porta-voz, que afirmou que uma equipe foi enviada ao local para apurar as circunstâncias exatas da queda dos jatos.

O governo da Holanda declarou um dia de luto nacional enquanto o país se prepara para a chegada dos primeiros corpos nesta tarde. A queda do avião matou todas as 298 pessoas que estavam a bordo, a maioria cidadãos holandeses.

A Ucrânia e países do Ocidente pressionam os rebeldes que controlam a área onde a aeronave caiu para permitirem que uma investigação irrestrita aconteça. O presidente russo Vladimir Putin afirmou que usaria sua influência para que isso aconteça. Autoridades norte-americanas dizem estar certas de que um míssil derrubou o avião, mas dizem que o papel da Rússia no incidente ainda não está claro.

A Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido disse nesta quarta-feira que autoridades holandesas haviam entregado os registros de voz e de dados na base da instituição, em Farnborough, sul da Inglaterra, onde as informações serão analisadas. Os especialistas também vão verificar sinais de adulteração.

Dois aviões de transporte militares, um holandês e um australiano, saíram da Ucrânia ao meio-dia (horário local) em direção à base aérea de Eindhoven, onde as aeronaves serão recebidas pelo rei holandês Willem-Alexander, pela rainha Máxima, pelo primeiro-ministro Mark Rutte e centenas de parentes das vítimas.

O porta-voz do governo holandês, Lodewijk Hekking, disse que cerca de 60 caixões são esperados, mas este número não havia sido confirmado. Também não havia informações claras sobre quantos dos 282 corpos, que segundo os rebeldes foram encontrados, estavam no trem que chegou a Carcóvia, cidade controlada pelo governo ucraniano.

Jan Tuinder, funcionários do governo holandês encarregado do grupo internacional que cuida das vítimas da queda do avião, disse que pelo menos 200 corpos estavam a bordo do trem e que mais restos mortais podem ser encontrados assim que os sacos para corpos forem totalmente examinados. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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