O corpo de Eluana Englaro, a mulher de 38 anos que passou os últimos 17 em estado vegetativo e faleceu na última segunda-feira (9), após a alimentação ter sido interrompida, foi se pultado hoje no túmulo da família Englaro, em Paluzza, província de Udine, norte da Itália, segundo informações da Agência Ansa.
A interrupção da alimentação provocou uma grande polêmica na Itália, onde a eutanásia é proibida, mas os pacientes têm o direito de recusar alimentos. A alimentação artificial foi interrompida na última sexta-feira na clínica La Quiete, para onde Eluana foi levada. A Suprema Corte da Itália, no final do ano passado e a pedido da família de Eluana, havia autorizado o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva. Eluana sofreu um acidente de carro em 1992 e desde então vivia em estado vegetativo.
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, passou uma ordem executiva na sexta-feira para que a alimentação fosse restabelecida, mas o presidente do país, Giorgio Napolitano, recusou-se a assiná-la, ao dizer que ia contra a decisão da Suprema Corte e da família Englaro.