A Coreia do Sul e a Coreia do Norte trocaram ameaças nesta sexta-feira, após uma breve troca de disparos entre militares dos dois países no dia anterior. Na avaliação de especialistas, há o temor de que o inexperiente ditador norte-coreano, Kim Jong Un, provoque Seul a ponto de os sul-coreanos lançarem uma grande retaliação militar.

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O caso é o primeiro importante teste da habilidade de Kim para lidar com a tensão militar com a Coreia do Sul na fortificada fronteira entre os dois países. Na quinta-feira, Seul disse que a Coreia do Norte lançou foguetes em zonas remotas de seu território, em resposta à propaganda contrária ao regime de Pyongyang, realizada pelos sul-coreanos através de sistemas de alto-falantes na fronteira. Seul respondeu disparando artilharia contra bases norte-coreanas.

Nesta sexta-feira, os militares sul-coreanos disseram em uma carta aos militares norte-coreanos que estavam prontos para “retaliar fortemente” ante qualquer novo ataque, depois de a Coreia do Norte ameaçar atacar os alto-falantes a menos que eles fossem desligados até a tarde de sábado. Seul continuava nesta sexta-feira a transmitir e não dava sinais de que poderia ceder à exigência.

Sem nenhum lado dando sinais de que pode recuar, o temor era se havia o risco de uma escalada. “Os dois lados estão brincando com fogo nesta crise”, disse Go Myung-hyun, especialista em Coreia do Norte do Instituto Asan de Estudos Políticos, centro de estudos sediado em Seul.

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Militares dos Estados Unidos que estão na Coreia do Sul, realizando exercícios anuais com forças sul-coreanas, disseram que monitoram a situação. A Coreia do Norte geralmente eleva seu nível de agressividade retórica, durante esses exercícios conjuntos.

Em um sinal de que a crise ainda não é total, porém, jovens sul-coreanos foram nesta sexta-feira jogar uma rara partida de futebol na capital da Coreia do Norte.

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O ditador norte-coreano, que teria 32 anos, assumiu o poder na Coreia do Norte no fim de 2011. Ele é frequentemente mostrado na imprensa estatal comandando exercícios militares e o lançamento de foguetes. Não está clara, apesar disso, a capacidade dele de gerenciar essas situações. Mudanças frequentes nas equipes militares geraram dúvidas sobre os objetivos estratégicos de Kim e o nível de conhecimento de sua equipe. Neste ano, o líder de Pyongyang tirou do posto seu ministro da Defesa, o quarto a ocupar o cargo durante seu governo, iniciado em dezembro de 2011. Fonte: Dow Jones Newswires.