O governo da Coreia do Sul enviou centenas de soldados para a tensa região de fronteira com a Coreia do Norte, afirmaram hoje autoridades militares sul-coreanas. O reforço na fronteira acontece no momento em que potências mundiais se preparam para punir o país comunista por seus testes nucleares. De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, mais de 600 soldados foram enviados para as ilhas Yeonpyeong e Baekryeong, na disputada região fronteiriça do Mar Amarelo, para reforçar as tropas que já estão no local.
A Coreia do Norte realizou seu segundo teste nuclear no dia 25 de maio, lançando mísseis de curto alcance, renunciando à trégua na Península Coreana e ameaçando atacar a Coreia do Sul. Ontem, os Estados Unidos disseram que a Coreia do Norte prepara um terceiro teste nuclear.
Resolução – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve reunir-se hoje para votar o esboço de uma resolução sobre a qual concordaram seus cinco membros permanentes: Reino Unido, China, França, Rússia e EUA. Japão e Coreia do Sul também concordaram com as medidas esboçadas.
O texto de resolução pede que países membros da ONU imponham sanções à Coreia do Norte, incluindo inspeções mais rigorosas de carregamentos contendo itens proibidos relacionados a mísseis e produtos nucleares, embargo mais rígido em relação a armas e novas restrições financeiras.
Segundo a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, a resolução irá sinalizar que a Coreia do Norte “deve pagar um preço, voltar ao processo de negociações sem impor condições, e que as consequências que o país enfrentará serão significativas”.
Autoridades da área de Inteligência dos Estados Unidos acreditam, no entanto, que Pyongyang irá responder à resolução do Conselho de Segurança com um terceiro teste atômico, e já avisaram o presidente norte-americano, Barack Obama, sobre essa possibilidade. As informações são da Dow Jones.