A Coreia do Sul ameaçou bloquear um acordo revisado de livre comércio com os EUA, a menos que seus carros ganhem uma isenção das tarifas americanas propostas, colocando em risco o único acordo de livre comércio que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, renegociou com sucesso.

continua após a publicidade

A tensão econômica renovada entre os dois aliados militares ocorre quatro meses e meio depois de eles terem concordado, em princípio, com a revisão de seu acordo de livre comércio de seis anos.

continua após a publicidade

Os termos revisados se concentraram na redução do déficit comercial dos EUA, permitindo que os EUA mantivessem sua tarifa de importação de 25% sobre as caminhonetes sul-coreanas por mais 20 anos – até 2041 – e flexibilizassem as regras de segurança de Seul para ajudar os carros americanos a ter melhor acesso para o mercado sul-coreano. A Coreia do Sul também concordou com uma cota de exportações de aço para os EUA, que as manteve em 70% de sua média anual nos últimos três anos.

continua após a publicidade

Agora o negócio está em risco porque Trump ameaçou depois impor tarifas de até 25% em importações de automóveis e autopeças por motivos de segurança nacional, sob a seção 232 de uma lei comercial de 1962.

“Caso os EUA invoquem a seção 232 para impor tarifas adicionais aos carros sul-coreanos, o Parlamento pode não ratificar o acordo comercial revisado”, disse Hong Young-pyo, líder do Partido Democrata, que liderou uma delegação de legisladores para Washington. Ele disse que os cinco principais partidos estavam unidos na questão.

Na Coreia do Sul, o acordo comercial revisado equivaleria a um novo tratado que exigiria ratificação pela legislatura para entrar em vigor. O presidente do país não tem poder para sobrepujar o parlamento sobre isso.

O porta-voz do representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, não quis comentar o assunto. Tanto os EUA quanto a Coreia do Sul dizem que estão trabalhando para concluir o acordo preliminar alcançado em março, mas o acordo final exige ratificação pelo Parlamento sul-coreano. Fonte: Dow Jones Newswires.