A Coréia do Norte reiterou nesta terça-feira sua oposição ao terrorismo e à proliferação nuclear, em uma aparente tentativa de dar mais um passo para a remoção do país da "lista negra" dos Estados Unidos.
O Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Norte informou por meio de um comunicado que o país "manterá firmemente sua consistente oposição a todas as formas de terrorismo".
A chancelaria também afirmou que a Coréia do Norte tomará parte nos esforços internacionais para que armas de destruição em massa não caiam nas mãos de terroristas.
Os EUA se dispuseram a retirar Pyongyang de sua lista de países patrocinadores do terrorismo se a nação asiática cumprisse o compromisso de desativar seu programa de armas nucleares.
O comunicado foi divulgado após Sung Kim, principal especialista no país do Departamento de Estado dos EUA, ter viajado por terra da Coréia do Sul para a Coréia do Norte para dois dias de conversas.
Nos encontros, Kim discutirá como Pyongyang pode dar passos para desativar seu reator de Yongbyon. Além disso, seria analisada a destruição de uma torre de resfriamento ali, de acordo com o Departamento de Estado e a embaixada dos EUA em Seul.
Segundo algumas reportagens, a Coréia do Norte pode ser removida da "lista negra" caso haja a desativação da torre de resfriamento – que pode ser usada por exemplo em plantas de produção de energia.
A Coréia do Norte perdeu o prazo de 31 de dezembro para fornecer uma declaração completa sobre suas atividades nucleares. Mas forneceu 18.500 páginas relativas ao tema para os Estados Unidos, em maio.
O país asiático está na lista de terroristas dos EUA pelo seu suposto envolvimento no atentado contra um avião sul-coreano que matou 115 pessoas, em 1987. Com isso o país fica impedido de receber dinheiro a juros baixos do Banco Mundial e de outras agências de empréstimo internacionais.