O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter conseguiu que a Coreia do Norte liberasse, com um perdão especial, um norte-americano detido em janeiro no país acusado de entrar ilegalmente e ter cometido um “ato hostil”. Após chegar na quarta-feira à Coreia, Carter ofereceu suas desculpas pelas ações de Aijalon Gomes, informou a imprensa estatal norte-coreana. A agência também afirma que o ex-presidente e o ex-preso viajaram nesta sexta-feira de volta para os EUA.
O perdão “para liberar o ilegal é uma manifestação do humanitarismo e da política pacifista” do país, afirmou a agência de notícias estatal norte-coreana. Carter e Gomes, de 31 anos, devem chegar na noite desta sexta-feira em Boston, onde deve morar o ex-preso, informou ontem o Centro Carter, em Atlanta.
Carter fez uma rara visita a Pyongyang, no mesmo momento em que o líder norte-coreano, Kim Jong-il, visitou a China. Não há informações de que os dois tenham se reunido, durante a visita de três dias do ex-presidente. As autoridades norte-americanas trataram a viagem como uma visita humanitária privada, para tratar da libertação de um prisioneiro.
Em abril, Gomes foi condenado na Coreia do Norte a oito anos de trabalhos forçados em uma prisão por haver entrado ilegalmente no país, vindo da China. Ele foi multado em US$ 700 mil e por cometer um “ato hostil” não explicado. No mês passado, a imprensa norte-coreana informou que Gomes havia tentado o suicídio, “levado por sua intensa consciência de culpa, decepção e desespero com o governo norte-americano, por não ter tomado nenhuma medida para libertá-lo”.