O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, se reuniu nesta quinta-feira com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que está em Pyongyang para uma visita na qual Moscou espera reafirmar a sua influência antes da cúpula prevista entre Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Cingapura no mês que vem.

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Moscou permaneceu em grande parte nos bastidores enquanto Kim fez uma aproximação diplomática com Seul, Pequim e Washington ao longo dos últimos meses. Mas a visita de Lavrov sugere que a Rússia quer ter certeza de que está sendo informada das intenções da Coreia do Norte.

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Lavrov transmitiu os “calorosos cumprimentos e melhores votos” do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para os “grandes empreendimentos” de Kim na península coreana. Ele também expressou o apoio de Moscou a um acordo entre Kim e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, alcançado em uma cúpula no mês passado que se concentrou em medidas para aliviar as hostilidades e aumentar as trocas entre as duas Coreias. Um vídeo do início da reunião mostrou que Lavrov convidou Kim para ir a Moscou e elogiou o líder norte-coreano pelos novos projetos na capital norte-coreana.

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Segundo a mídia russa, Lavrov também discutiu maneiras de expandir as relações entre os dois países durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho. “Consideramos bem-vindos os contatos que vêm se desenvolvendo nos últimos meses entre a Coreia do Norte e do Sul, entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, disse Lavrov, em comentários para a mídia. “Consideramos bem-vindas as cúpulas que já ocorreram entre Pyongyang e Seul, bem como reuniões planejadas entre lideranças norte-coreanas e norte-americanas.”

Ele prometeu apoio da Rússia à desnuclearização e a um esforço mais amplo para criar

paz estável e duradoura na região, mas indicou que Moscou acredita que as sanções podem ser flexibilizadas enquanto o processo está em andamento, o que diverge da posição dos EUA de que a desnuclearização deve vir em primeiro lugar. “É absolutamente óbvio que, quando começa uma conversa sobre como resolver o problema nuclear e outros problemas da Península da Coreia, partimos do fato de que a decisão não pode ser completa enquanto as sanções ainda estiverem em curso”, disse. Fonte: Associated Press.