A Coréia do Norte anunciou nesta terça-feira (26) a interrupção do desmantelamento de seu arsenal nuclear e afirmou que considera a possibilidade de reabilitá-lo. O Ministério do Interior do país informou que o governo tomou a decisão depois que os Estados Unidos desistiram de retirar o país comunista de sua lista de financiadores de terrorismo.

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O anúncio representa o maior impasse até agora para o processo de desarmamento da nação comunista. A medida deve aumentar as tensões nas conversas sobre o tema, que envolvem EUA Rússia, China, Japão e a Coréia do Sul, além de Pyongyang.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Coréia do Norte, os países envolvidos nas negociações foram notificados da suspensão. O anúncio afirmou ainda que o país “considera em breve um passo para restaurar” as instalações de Yongbyon. Porém não explicou como nem quando isso ocorreria. Os Estados Unidos reagiram com calma e mantiveram sua posição.

A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, afirmou que o país será retirado dessa lista quando “cumprir seu compromisso em relação à verificação”. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, disse que Pyongyang “ainda tem obrigações” a cumprir, acrescentando que as negociações prosseguiam.

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Funcionários sul-coreanos e japoneses lamentaram a decisão da Coréia do Norte. “Nós recebemos isso com muita preocupação”, avaliou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Japão, Kazuo Kodama, em Tóquio. A retirada da lista de países financiadores de terrorismo é uma das principais concessões oferecidas a Pyongyang, em troca do fim de seu programa nuclear.

No fim de junho, Washington anunciou que retiraria o país da relação, após este entregar um levantamento de seus programas nucleares e explodir a torre de resfriamento de um reator, em um gesto simbólico para demonstrar seu compromisso.

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