O Congresso do partido único da Coreia do Norte, que terminou na segunda-feira, reforçou a posição nuclear da ditadura comunista. A maior reunião política de Pyongyang desde 1980 teve um discurso de três horas do ditador Kim Jong Un, segundo o qual o país buscará lançar “uma luta vigorosa” para acabar com o perigo de uma guerra nuclear, que seria gerado pelos Estados Unidos, por meio de “uma poderosa dissuasão nuclear”.
O ditador aparentemente afirmou que a Coreia do Norte estava determinada a mostrar que tinha a capacidade de ameaçar os EUA com um ataque nuclear. Um porta-voz da embaixada norte-americana em Seul recusou-se a comentar, dizendo que as questões devem ser enviadas a Washington.
Os esforços do regime norte-coreano aceleraram neste ano, com um teste ou ao menos a alegação de um avanço na tecnologia de mísseis ou na nuclear anunciado quase uma vez por semana, após o país realizar o quarto teste nuclear em 6 de janeiro. Autoridades sul-coreanas dizem que aparentemente o regime vizinho se prepara para mais um teste nuclear.
A imprensa estatal norte-coreana afirmou que o Congresso do Partido dos Trabalhadores concordou em tornar o status nuclear do país em permanente e fortalecer seu arsenal nuclear “tanto em qualidade quanto em quantidade”. Além disso, o país continuará a desenvolver uma bomba nuclear mais poderosa de hidrogênio.
Especialistas chineses estimaram no ano passado que a Coreia do Norte está a caminho de ter cerca de 50 ogivas nucleares, no momento em que o próximo presidente dos EUA assumir o posto, no próximo ano. Até agora, os pré-candidatos presidenciais dos EUA têm enfatizado o papel da China para pressionar os norte-coreanos.
O presidente chinês, Xi Jinping, enviou uma mensagem parabenizando Kim pelo Congresso. O Ministério das Relações Exteriores chinês, por sua vez, pediu negociações e diálogo para resolver a questão nuclear na Península Coreana. Fonte: Dow Jones Newswires.