A Coreia do Norte afirmou hoje que pode testar outro dispositivo nuclear ou mais mísseis, em retaliação a uma penalidade imposta pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A punição do Conselho foi determinada após o país lançar um foguete neste mês, em uma iniciativa considerada por vários países como um teste de um míssil de longo alcance. Pyongyang exigiu um pedido de desculpas do Conselho de Segurança. Caso isso não ocorra, o país afirmou que tomará “medidas de autodefesa” que incluem “um teste nuclear e testes de mísseis balísticos intercontinentais”.

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A declaração é a mais crítica divulgada pela Coreia do Norte desde o Conselho divulgar, em 13 de abril, um comunicado condenando o lançamento realizado pelo país no dia 5. O texto divulgado era menos forte que o produzido quando o país testou mísseis e uma bomba nuclear, em 2006. Mesmo assim, a Coreia do Norte inicialmente qualificou a ação da ONU como um “insulto intolerável”. Um dia depois, expulsou monitores internacionais de suas instalações nucleares e interrompeu as negociações para que o país abandone seu programa nuclear em troca de um pacote de ajuda, iniciadas em 2003. Também voltou a utilizar instalações de armas, desativadas como parte do processo diplomático.

A postura de confrontação da Coreia do Norte foi retomada em 5 de abril, com o lançamento do que o país afirma ser um satélite no espaço. Outros países que monitoraram a ação disseram que se tratava de um foguete de três estágios ou de um míssil, que caiu no Oceano Pacífico, sem conseguir chegar ao espaço. O único teste nuclear da Coreia do Norte ocorreu em outubro de 2006. Foi uma pequena explosão, comparando-se com as já realizadas por outros países. O país advertiu sobre o teste semanas antes de realizá-lo. As informações são da Dow Jones.

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