As primeiras negociações militares entre as Coreias do Sul e do Norte em dois anos terminaram hoje sem progressos. Segundo o ministro da Defesa sul-coreano, Lee Sang Hee, a reunião emperrou por causa das discussões sobre o naufrágio de um navio de guerra sul-coreano, que teria sido provocado por um ataque de Pyongyang.
Em maio, um grupo de investigadores internacionais concluiu que um torpedo norte-coreano afundou o navio Cheonan nas proximidades da disputada fronteira marítima oeste no mês de março, matando 46 marinheiros. Pyongyang nega as acusações.
Hoje, a Coreia do Sul pressionou o Norte a reconhecer e a se desculpar pelo afundamento da embarcação e a punir os responsáveis, informou o Ministério da Defesa, em comunicado, após o encerramento da reunião na zona desmilitarizada que divide a península. A Coreia do Sul também pediu que o Norte interrompa as ameaças militares e provocações perto da fronteira marítima, bem como as calúnias contra autoridades de Seul.
A agência de notícias estatal da Coreia do Norte informou que os representantes do país nas negociações consideraram as acusações sobre o naufrágio do navio uma “farsa barata” e que era “ridículo” discutir o assunto. Pyongyang disse que não poderia aceitar o resultado de uma investigação internacional e reiterou sua exigência de realizar suas próprias investigações sobre o caso.