A construção de uma centena de “petrocasas”, com tecnologia venezuelana, no leste de Cuba, foi descrita nesta terça-feira (22), pelo engenheiro venezuelano Amílcar Parra, como um modo “viável, eficiente e racional” de resolver o problema habitacional em “países pobres”.
Parra dirige uma brigada que se ocupa de levantar a “segunda comunidade residencial” de “petrocasas” em Cuba. O nome das construções provém da preponderância de materiais derivados do petróleo em sua estrutura.
A primeira série de casas desse tipo foi construída em Cienfuegos, localidade no sudoeste de Cuba, inaugurada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o então presidente interino cubano, Raúl Castro, em dezembro do ano passado.
Castro foi oficialmente eleito para a presidência em 24 de fevereiro, substituindo seu irmão Fidel, que não se candidatou à reeleição devido a problemas de saúde.
Em 2004, Cuba tinha um déficit de moradia estimado em 600 mil unidades. A partir desse ano, começou a aplicação de um programa para buscar soluções ao problema.
Parras atribui às casas “conforto, durabilidade e redução dos custos, em comparação com as casas tradicionais, aspectos essenciais para solucionar um problema de ampla repercussão social com o máximo de eficiência e rapidez”.
A “petrocasa” padrão tem três quartos, dois banheiros, cozinha, sala e um dispositivo protetor contra raios ultravioletas.
Casas como essa são construídas também na República Dominicana, Peru, Bolívia, Guatemala e Nicarágua.