O líder rebelde Michel Djotodia, cujos combatentes tomaram a capital da República Centro-Africana durante o fim de semana, anunciou que dissolveu a Constituição do país e que permanecerá no poder por três anos, de acordo com trechos da transmissão feita em uma rádio francesa.

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Djotodia, um dos líderes da coalizão rebelde Seleka, afirmou que planeja continuar no poder até 2016, a duração de tempo deixada no mandato do presidente François Bozize, depostos por ele e seus soldados.

Bozize fugiu do palácio presidencial no fim de semana e reapareceu nos Camarões, onde o governo emitiu um comunicado, afirmando que ele buscou “exílio temporário” no país vizinho.

O líder rebelde justificou o golpe de estado, afirmando que Bozize tinha se tornado um ditador durante seus 10 anos no poder. “Através de nós, foi a população inteira da República Centro-Africana que se levantou como um único homem contra o presidente”, afirmou o líder rebelde, de acordo com a Radio France Internationale.

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“Para este efeito, decidimos orientar o destino do povo da República Centro-Africana durante este período de transição de três anos, em linha com o espírito dos acordos assinados em Libreville, em 11 de janeiro de 2013… Como resultado, decidi que é, portanto, necessário dissolver a constituição de 27 de dezembro de 2004, bem como o Parlamento e o governo”, disse Djotodia.

Enquanto isso, as forças do Exército Francês que protegem o principal aeroporto de Bangui atiraram contra três carros que estavam acelerando na direção de um posto de controle de segurança, disse o Ministério da Defesa francês.

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Os carros, que transportavam cidadãos indianos e do Chade, continuaram a se movimentar, apesar de tiros de advertência. Dois cidadãos indianos foram mortos, e os passageiros feridos foram levados para atendimento médico, afirmou o ministro da Defesa em um comunicado, acrescentando que a França está investigando o tiroteio. As informações são da Associated Press.