Conservadores iniciam corrida para nomear sucessor de Cameron no Reino Unido

O Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron iniciou as negociações para eleger o sucessor à liderança da legenda e o nome que irá negociar a saída do Reino Unido da União Europeia.

Em discurso feito após a votação da semana passada, Cameron, que apoiava a permanência do país na UE, anunciou sua renúncia do cargo.

O primeiro a anunciar sua candidatura foi o secretário de Trabalho e Pensões, Stephen Crabb. Ele afirmou estar à disposição porque não vê “mais ninguém dar uma resposta convincente” sobre como unir um país dividido.

Crabb tem 43 anos, foi criado por uma mãe solteira e disse que gostaria de oferecer “resiliência, otimismo, humildade e determinação”. Embora ele tenha apoiado o “Bremain” no plebiscito, ele prometeu trabalha uma “saída negociada” da UE.

Ele tem o apoio do secretário de Negócios Sajid Javid, que seria seu ministro das Finanças, numa chapa que teria dois representantes advindos da classe trabalhadora, num contraste com a candidatura do ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, um representante da elite do país que liderou a campanha pelo “Brexit” e é um dos favoritos ao cargo.

Johnson, por seu lado, tem o apoio de diversos políticos de peso do Partido Conservador, como a Secretária do Meio Ambiente Liz Truss.

A Secretária do Interior Theresa May, que ficou ao lado do “permanecer”, também pode entrar na disputa. Tida como experiente e competente, Theresa pode ter apelo frente a muitos conservadores que desconfiam do jeito excêntrico e esnobe de Johnson, que também tem sido acusado de usar o plebiscito como um trampolim para suas ambições políticas.

Os conservadores precisam apresentar suas candidaturas até a quinta-feira, quando os parlamentares conservadores reduzirão a lista para dois nomes. Estes serão submetidos uma votação mais ampla no partido, que deve anunciar um resultado em setembro.

Paralelamente, o Partido Trabalhista também enfrenta uma crise de liderança após o líder da legenda, Jeremy Corbyn, anunciar que não acatará a derrota no voto de confiança passado pelo próprio partido. Ele perdeu por 172 votos a 40. Fonte: Associated Press.

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