A demissão do ministro do Petróleo do Irã, Massoud Mirkazemi, foi vista hoje como em desacordo com o artigo 135 da Constituição, atraindo críticas de membros do Conselho dos Guardiães, um importante órgão constitucional do Irã, informou a agência paraestatal de notícias Fars.

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Mirkazemi foi demitido em 9 de maio, quando o presidente Mahmoud Ahmadinejad anunciou a fusão dos ministérios do Petróleo e da Energia. Ahmadinejad passou a ocupar o cargo interino de ministro do Petróleo. Alguns membros do Conselho dos Guardiães, ultraconservador, dizem que a decisão de Ahmadinejad em demitir Mirkazemi está em conflito com a Constituição do país.

O artigo 135 estipula que os ministros precisam manter seus cargos, a menos que sejam impedidos ou recebam um voto de não confiança do Parlamento. Em um cenário como esse, o presidente poderia indicar um outro ministro interino para um período máximo de três meses.

A opinião de integrantes do Conselho ocorre justamente num momento de tensão política entre Ahmadinejad e o Parlamento. Ahmadinejad está conduzindo uma reforma ministerial. Alguns parlamentares criticaram a maneira como a fusão de ministérios é conduzida pelo presidente e as demissões de três ministros importantes, incluído o ministro do Petróleo. Na década passada, Mirkazemi foi ministro do Comércio do Irã.

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Na prática, Ahmadinejad aparentemente controla diretamente a indústria dos hidrocarbonetos e participou na última segunda-feira de uma reunião com executivos e gerentes do ramo. As informações são da Dow Jones.