O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza neste domingo uma reunião de emergência para discutir a crise no Iêmen. A reunião aberta deve avaliar a situação local depois que a tomada de poder por rebeldes aumentou o risco de colapso do mais pobre país do mundo árabe.

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Um rascunho de resolução obtido pela Associated Press exige que os rebeldes xiitas Houthi “retirem imediata e incondicionalmente” suas forças das instituições governamentais, libertem o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e sua equipe ministerial da prisão domiciliar, e se envolvam “de boa fé” nas negociações de paz liderada pela ONU.

Ministros do exterior das seis nações que compõem o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo (CCG) pediram à ONU que interviesse, advertindo que, se o mundo fracassar em responder à situação iemenita, eles estão preparados para agir por conta própria para manter a segurança regional.

Em janeiro, rebeldes houthis, que já haviam se instalado na capital do Iêmen, Sanaa, tomaram o poder. O presidente e sua equipe ministerial renunciaram a seus cargos depois de ficarem sitiados em suas casas pelos rebeldes, que também dissolveram o Parlamento. Os houthis são do norte do país e há boatos de que seriam ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, que caiu durante os protestos da Primavera Árabe. Eles não controlam todo o território iemenita e há indícios de grupos no sul do Iêmen que querem a divisão do país, que só foi unificado em maio de 1990, com a fusão do Iêmen do Norte e do Iêmen do Sul.

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Fonte: Associated Press