Assessores da Casa Branca procuram acalmar as especulações de que a ira do presidente dos EUA, Donald Trump, com a elevação das taxas de juros possa culminar em um confronto com o presidente do banco central americano, Jerome Powell – o que poderia abalar os voláteis mercados financeiros.
O chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, disse à rede americana ABC neste domingo que Trump “agora percebe” que não pode demitir Powell.
A declaração segue à do secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin. Segundo publicações feitas ontem por Mnuchin em sua conta no Twitter, Trump teria dito que nunca sugeriu demitir Powell e que ele não acredita que essa seja a coisa certa a fazer.
Powell não tem uma conversa significativa com o presidente norte-americano desde que foi anunciado para liderar o Fed, em novembro de 2017. Nos últimos dias, conselheiros de Trump discutiram a possibilidade de organizar uma reunião entre os dois nas próximas semanas, afirmou uma pessoa familiarizada com o assunto.
Vários conselheiros de Trump estão desapontados com as críticas públicas do presidente norte-americano ao líder do Fed, segundo pessoas a par do assunto. Eles sugeriram a Trump que Powell poderia finalmente desacelerar as elevações das taxas de juros e que isso seria mais fácil se essa decisão não fosse vista como respondendo a uma pressão pública.
As tensões entre conselheiros também se tornaram públicas. Depois que o assessor de comércio, Peter Navarro, disse a um jornal japonês na semana passada que a Casa Branca esperava que o Fed parasse de elevar os juros, Kevin Hassett, presidente do Conselho de Consultores Econômicos, disse discordar e acrescentou que não era apropriado que os economistas da Casa Branca comentassem sobre política monetária. Fonte: Dow Jones Newswires.