O Congresso do Peru deu o primeiro passo para tirar o presidente Pedro Pablo Kuczynski do poder, com 27 congressistas da oposição assinando uma moção que pede o início do processo de impeachment do líder peruano, após denúncias de que ele estaria envolvido no escândalo da Odebrecht.

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O processo de impeachment, que exige dois terços de apoio no Congresso, pode avançar rapidamente no Congresso dominado pela oposição. A decisão desta sexta-feira foi anunciada pelo presidente do Parlamento, o fujimorista Luis Galarreta, que declarou a jornalistas que a admissão da moção de impeachment deverá, primeiro, ser debatida e votada durante a tarde de hoje para chegar a uma instância definitiva na próxima semana.

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“Eu não estou correndo e não estou me escondendo porque não tenho motivos para isso”, disse o presidente em um discurso televisionado na noite de quinta-feira, prometendo divulgar seus registros bancários pessoais ao público. “Não irei abdicar da minha honra, dos meus valores ou das minhas responsabilidades como presidente de todos os peruanos.”

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Kuczynski alegou que não tinha funções de administração em sua consultoria entre 2004 e 2007, quando recebeu US$ 782 mil de consórcios liderados pela Odebrecht. Durante a maior parte desse tempo, ele foi ministro em um governo anterior, que premiou a companhia brasileira por um importante contrato rodoviário. O presidente peruano também disse que todos os pagamentos foram feitos para seu parceiro de negócios na Westfield Capital.

O discurso de Kuczynski encerrou um período de 24 horas de turbulência política no Peru, que começou na quarta-feira enquanto os oposicionistas apresentaram documentos fornecidos pela Odebrecht mostrando pagamentos à Westfield e US$ 4 milhões para outra empresa, a First Capital. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.