A representação no Chile do Congresso Bolivariano dos Povos pediu nesta sexta-feira (2) à presidente Michelle Bachelet que se pronuncie de forma categórica contra as "manipulações secessionistas" que são preparadas para domingo em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, em alusão ao referendo sobre o estatuto autonômico que será realizado nesse departamento.
Tal como fez a Organização dos Estados Americanos (OEA), as Nações Unidas, a Comunidade Européia, "o governo do Chile também deve repudiar essas manipulações porque produziriam uma situação de muita instabilidade na região", declarou à ANSA Iván Muñoz, membro da representação chilena.
Esclareceu que a presidente chilena "como estadista, devia se pronunciar de forma categórica porque nós devemos ter em consideração que um conflito interno na Bolívia vai repercutir tanto nas relações bilaterais como na tranqüilidade para o continente".
"Assim como no tempo do presidente (Salvador) Allende, o fato de ter recuperado as riquezas básicas provocou uma reação interna da oligarquia e do imperialismo, o mesmo se repete na Bolívia, quando estão sendo recuperados os hidrocarbonetos", indicou Muñoz, após deixar uma carta a Bachelet no Palácio de La Moneda.
Santa Cruz será o primeiro dos quatro departamentos (estados), junto a Pando, Beni e Tarija, a realizar uma consulta popular sobre a autonomia da região. O referendo, marcado para este domingo, é repudiado pelo governo de Evo Morales.
