Baseados em fotos e em informações não confirmadas oficialmente, ativistas anunciaram que a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani teria sido libertada e que o governo de Teerã teria desistido de executá-la.
Para anunciar o programa que vai ao ar nesta sexta-feira, a TV local trouxe novas fotos que supostamente seriam da iraniana em sua casa, ao lado de um de seus filhos, também preso. Sakineh foi acusada de adultério e poderia ser executada por apedrejamento. Isso foi o suficiente para iniciar horas de especulação.
A confusão sobre o destino da iraniana começou quando o Comitê Internacional contra o Apedrejamento anunciou na Europa que teria recebido notícias da libertação da iraniana e que Sakineh já estaria em sua casa desde o dia 6. A esperança cresceu depois que as fotos foram ao ar, exatamente para anunciar o programa de hoje.
Nas fotos, Sakineh aparece de forma relaxada em sua casa, na cidade de Oski, noroeste do Irã. Mas, no início da noite, havia mais dúvidas que certezas. Até a autenticidade das fotos foi questionada. Um dos problemas é que a foto mais recente, além das que foram divulgadas ontem, eram de seis anos atrás.
A divulgação de algumas de suas falas em um vídeo também começaram a gerar confusões e aumentaram a incerteza entre os ativistas. Em um trecho, ela aparece dizendo que “nós planejamos matar meu marido”.
A frase fez ressurgir a tese de que ela teria sido levada à sua casa para mais um programa em que confessaria a participação na morte do marido, como já ocorreu em outras três ocasiões.